"A conclusão pode ter implicações religiosas, mas ela não depende de pressuposições religiosas."
Dr. Michael Denton

terça-feira, 19 de outubro de 2010

A 'doce' tarefa de esperar

Vamos meditar nos diversos pontos deste último verso do salmo 27. Hoje, selecionei o primeiro convite que temos diante de nós: “Esperar”. O salmista afirma: “Espera no Senhor”. Parei um pouquinho para refletir qual o propósito divino em nos fazer aguardar pacientemente suas promessas.

Primeiramente, a espera nos ensina a dádiva da dependência. Você pode rapidamente se inclinar para um estilo de espiritualidade arrogante se alcançar com facilidade tudo o que quiser. O Senhor então te prova com o tempo. A espera te mantém na dependência, reconhecendo com humildade que você precisa da graça divina.

A espera te tornará uma pessoa paciente. A impaciência destrói relacionamentos (quantos namoros você desfez por cobranças impacientes?). Para nos purificar dessa atitude mesquinha, Deus parece demorar em agir em algumas coisas que sabemos que Ele poderia realizar em instantes. Nesse intervalo, vamos sendo modelados e a paciência vai sendo formada em nosso caráter.

Por fim, a espera é um termômetro para Deus nos revelar se de fato dependemos dEle. Quando você murmura por algo que ainda não ocorreu, você está dizendo, de modo espiritual, que Deus não merece sua confiança. Que você o considera incapaz de estar liderando sua vida. É por isso que você anda aguardando tanto. Comece a descobrir o prazer de viver uma vida de constante confiança em Deus, livre de preocupações com coisas que você sabe que podem ficar em segundo plano. Só daí você descobrirá a verdadeira liberdade, a graça de viver sob o cuidado do Pai Celestial.

O Pai te diz: “Espera! Seja dependente! Seja paciente! Confia em mim! Sou tudo o que você precisa, e o mais a meu tempo acrescentarei!”

Esperar é o segredo!

Deus te abençoe!
Pr. Sérgio Fernandes

domingo, 17 de outubro de 2010

Ser como Jesus...

João 13:1-5
1 Ora, antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim.
2 E, acabada a ceia, tendo o diabo posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que o traísse,
3 Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus e ia para Deus,
4 Levantou-se da ceia, tirou as vestes, e, tomando uma toalha, cingiu-se.
5 Depois deitou água numa bacia, e começou a lavar os pés aos discípulos, e a enxugar -lhos com a toalha com que estava cingido.


Jesus já conheceu o sentimento de estar preso a alguém. Durante 3 anos andou com as mesmas pessoas, viu os mesmos 12, viajaram nos mesmos barcos, visitaram as mesmas casas.

*Como Jesus pôde ser tão dedicado a eles?
*Foi difícil para Jesus amar Pedro, sabendo de antemão que ele O negaria?
*Foi difícil para Jesus confiar em Tomé?

Horas antes da morte de Cristo, os discípulos discutiam entre eles quem era melhor!
*Como Jesus foi capaz de amar pessoas difíceis até mesmo de alguém gostar?
*Como Jesus foi capaz de amar seus discípulos?

...

- Na época de Jesus, a tarefa de lavar os pés era reservada aos servos de menor escalão.
- Nesse episódio vemos Jesus se levantando, tirando seu manto e colocando uma faixa a o redor da cintura que era usada pelos servos. Jesus pega a bacia de água, se ajoelha aos pés dos discípulos e começa a lavar os pés de cada um deles.
*Ele quer que seus discípulos saibam o quanto Ele os ama.
-Aqui, o Rei dos Reis, que fez o céu, a terra, que criou todas as coisas, se coloca como servo.

O que me chama atenção nesse texto é que em nenhuma versão da bíblia encontramos escrito: "Jesus lavou os pés de todos os discípulos, exceto os de Judas."

Ele sabia que Judas o trairia naquela noite mesmo. Mas ao invés de rejeitá-lo, Jesus lava seus pés demonstrando seu amor por Judas.
*Muitas vezes dizemos: "Eu nunca seria capaz de fazer isso." "A ferida é muito profunda. Basta olhar para aquela pessoa e fico com medo."
- Esse é o problema!
*O segredo para sermos como Jesus é fixar nossos olhos NELE!
-Aquilo que ELE fez pelos seus discípulos, Ele também tem feito por nós.

*Jesus limpou nosso coração dos nossos pecados.
João diz: Estamos sendo limpos...
Não é uma promessa para o futuro, é uma realidade no presente.
*Jesus ainda se ajoelha e olha para nossos atos mais obscuros. Ao invés de se afastar com horror, Ele nos alcança em bondade dizendo: "Eu posso limpar isso se vc quiser."

*Porque Ele vive em nós, somos capazes de fazer o mesmo. Porque Ele nos perdoa, somos capazes de perdoar uns aos outros. Porque Ele tem um coração perdoador, nós podemos ter um coração perdoador. João 13: 14-15

Jesus lavou nossos pés por 2 razões:
1ª: Para estender a nós sua misericórdia.
2ª: Jesus oferece sua graça incondicionalmente, nós também devemos oferecer.

*A misericórdia de Cristo antecedeu nossos erros. Nossa misericórdia deve preceder os erros dos outros.
*Aqueles que estavam a volta de Jesus não tinham dúvida a respeito de seu amor. As pessoas a nossa volta também não deveriam ter dúvida quanto ao nosso.
*Talvez dizemos: *Mas não fui eu quem errei, eu não menti etc......". De todos naquela sala, apenas 1 era digno de ter os pés lavados e Ele foi o que lavou os pés dos outros.

*Na maioria das vezes, se a pessoa que está com a razão se dispõe a lavar os pés da pessoa que está errada, ambos no fim se ajoelham.

-Pense em alguém que vc acha difícil de gostar? Por que isso acontece?
-Pense em pessoas que provavelmente tenham dificuldade de gostar de você. Por que isso acontece?
-Se lavar os pés fosse um costume atual, você estaria disposto a servir da mesma maneira a alguma pessoa que você acabou de pensar?

Colossenses 3:13
"Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixar que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou."

Fica o desafio! ;)
ÓTIMA SEMANA!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Coisas que Deus gosta

Por Renato Vargens


Deus gosta de música, de dança, de arte e cultura.

Deus gosta dos ritmos diferenciados, de instrumentos diversificados, de contemplação, balanço e gingado.

Deus gosta da música do sabiá, da canção afinada do pintassilgo, da melodia do curió, da suavidade do rouxinol.

Deus gosta de cores, gosta da mata, dos verdes campos, do azul do mar, do vermelho das flores. Deus gosta dos animais, das plantas, dos vegetais, dos simples pardais.

Deus gosta de poesia, de belas canções, de doces melodias, de festa, do sorriso, de alegria.

Deus gosta da vida,
do silêncio, dos tons musicais, das interpretações teatrais, da gargalhada descompromissada, do choro emocionado, de ternos abraços apaixonados.

Deus gosta da amizade guardada a sete chaves debaixo do peito, Deus gosta de cumplicidade, de carinho, dignidade e respeito.

Deus gosta do almoço de domingo,
da família unida, do por do sol, das noites de verão, das tardes festivas, do beijo entre irmãos, de carinho, perdão e reconciliação.

Deus gosta de paz,
de harmonia, de afeto noite e dia. Deus gosta do sorriso da criança, Deus gosta de mim, gosta de você.

Como Deus é maravilhoso!


www.pulpitocristao.com

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Criacionismo

A ciência das origens não pretende responder apenas à questão de "como o Universo surgiu por acaso?", mas sim "como o Universo surgiu?". Assim sendo o "por acaso" é apenas uma das respostas teóricas e cientificamente possíveis.

Dentro da mentalidade naturalista que permeia o pensamento científico atual, um outro grave erro é cometido contra a Teoria do Criacionismo e a Teoria do Design Inteligente: o de achar que essas teorias estejam baseadas em pressupostos religiosos.

Michael Denton, biólogo molecular, esclarece esta questão da seguinte forma:
"Pelo contrário, a inferência do planejamento [teoria da criação e teoria do design inteligente] é uma indução puramente a posteriori [após examinar-se as evidências] baseada numa aplicação inexoravelmente consistente da lógica e da analogia. A conclusão pode ter implicações religiosas, mas não depende de pressuposições religiosas." (Evolution, A Theory in Crisis (Bethesda, MD: Adler and Adler, 1986) p. 341).

Henry Margenau e Roy Abraham Varghese, editores do livro Cosmos, Bios, Theos, que foi produzido juntamente com outros 60 cientistas, 24 dos quais receberam um prêmio Nobel, confirmam a estrutura consistente da lógica e da analogia da ciência criacionista afirmando que "... só há uma resposta convincente para explicar a enorme complexidade e as leis do Unvierso - a criação por um Deus onisciente e onipotente." ("The Laws of Nature Are Created by God" em Cosmos, Bios, Theos (LaSalle, IL: Open Court, 1992), p. 61).

Portanto, a questão de alguém não aceitar que uma forma de vida inteligente e superior tenha criado todo o Universo e a vida que nele se encontra, não está baseada na falta de evidências científicas ou até mesmo da lógica científica como explicam Fred Hoyle e Chandra Wickramasinghe: "De fato, tal teoria é tão obvia que ficamos imaginando porque não é largamente aceita como auto-evidente. As razões são mais psicológicas do que científicas." (Evolution from Space (Londres: J.M. Denton & Sons, 1981), p. 130);
Colocando em uma linguagem mais simples, tanto o "naturalismo científico" quanto o criacionismo científico buscam nas mesmas fontes as evidências para as suas propostas.
A interpretação dessas evidências pode ser diferente. Mas isto não é uma questão de ciência e religião.
Isso é uma questão de interpretação.

(www.universocriacionista.com.br)

quarta-feira, 30 de junho de 2010

O Gênesis: Idem, Ibidem

Boa tarde galera! Encontrei esse texto no blog de um amigo meu e achei mt engraçado.
Vanessa Bárbara é uma jornalista. E ela escreve sobre a criação como sendo um projeto de Iniciação Científica de Deus.
Espero que gostem!



Vanessa Bárbara


No princípio, Deus criou o céu e a terra. Foi no tempo de Sua iniciação científica, e devo dizer que o pré--projeto já parecia fadado ao fracasso. Como assim, “haja luz”? Francamente, Iaweh. Onde fica a metodologia? O referencial teórico? E a amostra de controle? Se não citar Antonio Severino, sinto muito — não me interessa se Você é o criador da ABNT.


Era evidente que o Senhor, a despeito de ser aquele que é, não havia lido a bibliografia obrigatória (GAUTAMA, 563 d.C.; VISHNU, 1254 a.C.; ALLAH, 570 d.C.; OLORUM, 1845 d.C.; e DARWIN, 1859). Se o tivesse feito, saberia que isso tudo já foi experimentado e devidamente descartado nos melhores círculos acadêmicos. Tomemos como exemplo o cronograma de trabalho, de risíveis sete dias — no último Ele ainda queria descansar às custas da Fapesp. No plano de marketing pessoal, chegou a declarar à imprensa que, ao apreciar sua obra, “viu que era bom”, ignorando assim toda e qualquer noção de objetividade inerente ao ofício.


A verdade é que o Universo foi apenas um mal-entendido no formulário de concessão de bolsas de pesquisa desta instituição. Deus, que é obviamente um iniciante, achou que precisava de toda essa parafernália planetária para criar um “universo significativo de amostragem”. E deu no que deu. Hoje ele tem claras dificuldades para manejar seus experimentos com um bilhão de chineses, sobretudo quando se trata de testes duplo-cegos — fica difícil driblar a onisciência.


No segundo dia, o Todo-Poderoso disse: “Que a terra verdeje de verdura”, e foi muito engraçado. No terceiro dia, fez os dois luzeiros maiores: o grande luzeiro como poder do dia e o pequeno luzeiro como poder da noite. Na quinta-feira, fervilhou a água de seres vivos e aproveitou para passar um café. Dali a pouco foi a vez de moldar os animais terrestres (ref. hipopótamo). No sexto dia, o que era pra ser uma pesquisa inútil, porém inofensiva, tornou-se um pesadelo para as agências governamentais que a financiavam. Deus criou o homem à sua imagem e, não contente, removeu uma costela do ser mencionado e a mergulhou, só por diversão, num amontoado de lama — exatamente como fez aquele sujeito com a orelha no lombo do rato. Então soprou. Sabe-se lá por que, o experimento deu certo: dali saiu uma mulher, instruída para ser fecunda, multiplicar-se e subjugar os outros animais que rastejam sobre a terra.


A seguir, passou a redigir o relatório de sua monografia, que começava assim porque Deus é prolixo: “Adotaremos o método intrínseco, estético e hermenêutico em sentido restrito (existencial-ontológico) e em sentido amplo (de interpretação inespecífica), partindo da exegese textual para a conclusão sobre o todo do Universo, método que se ajudará com o retórico-estilístico e o comparativista, todos se relacionando com o psicológico, o social e o histórico-cultural”. Percebam a utilização do plural majestático, que nesse caso é plenamente adequada. Além disso, vê-se que o Magnânimo estava confuso em todos os sentidos (tanto ontológicos quanto sintáticos). Há limites para a onipotência, e eles são as normas regulamentares para a apresentação de monografias.


Em todo caso, a hipótese inicial do Alfa/Ômega era simples: “Não vai dar certo”, escreveu, citando AVICENA, 1033 (que tentou transformar pão em ouro), e os partidários da busca pelo moto-perpétuo. A título de curiosidade, o Criador inseriu uma variante maléfica na redoma de testes: a serpente. O resultado dessa empreitada empírica pode ser resumido na seguinte resposta, transcrita pelo próprio Velho a partir de uma entrevista qualitativa com foco em história oral: “Não sei onde está Abel. Acaso sou guarda de meu irmão?”.


Abandonou-se, com isso, toda e qualquer metodologia razoável. Resignado, Ele decidiu radicalizar em nome da ciên­cia. Ora, apesar do que dizem, o Deus do Velho Testamento não é vingativo; é apenas um camarada curioso e interessado em estripulias empíricas. Planejou o dilúvio, por exemplo, para ver no que dava. Mandou um sujeito matar o próprio filho num teste de psicologia comportamental. Inventou um experimento quantitativo com nuvens de gafanhotos e mais meia dúzia de pragas que assustaram o faraó a valer. Enfim, fez o que bem queria, movido pela sede de saber.


Uma de suas maiores cobaias foi Jó, um mero aluno da graduação que sempre fora íntegro e reto, temia a Ele e se afastava do mal. O teste começou como um estudo sério, mas logo descambou para uma aposta inconsequente entre o Longânimo e um certo pesquisador diabólico. Visto que a vida de Jó era perfeita, o tal pesquisador disse ao Senhor que assim era fácil ter um assistente, e duvidou que Jó continuasse fiel caso caísse em desgraça. Seguro de sua popularidade, Deus deu carta branca ao rival para fazer o que quisesse com o pobre rapaz, que, aliás, nada tinha nada a ver com isso — leu toda a bibliografia optativa, cursou as aulas de estatística, sabia redigir os formulários etc. Aquilo não era justo. Pois o Tinhoso matou-lhe todos os bois, os servos, os camelos e os filhos, provocou um incêndio, cravou-o de feridas e ficou esperando. Jó hesitou, mas no final se manteve leal ao mestre, que aproveitou a ocasião para pedir-lhe um fichamento.


A história não seria tão trágica se Deus fosse uma entidade menos avoada. Enquanto escrevia a monografia propriamente dita, deixou seus objetos de pesquisa fugirem do controle. Em poucos milênios, enquanto Ele estava distraído, um camarada atacou o outro com um atum congelado, uma velhinha decidiu viver com onze cisnes em seu apartamento de 25 metros quadrados, uma universidade criou a disciplina “História do Cocô” e um glutão tentou comer o próprio peso em pipocas. Quando Deus terminou de escrever o Abstract, por fim, ergueu sua Santa cabeça e viu que estava tudo fora dos eixos. Havia demorado muitas eras para entender os padrões de citação bibliográfica relativos a verbetes de enciclopédia — também tinha certa dificuldade em ordenar alfabeticamente os autores SCHWARCZ, SCHARZ e SCHNITZLER. Lá embaixo, o caos reinava, livre de qualquer tentativa de controle científico.


Foi quando Ele teve uma grande ideia que lhe garantiu o ingresso no Doutorado e salvou (literalmente) a humanidade. Rascunhou o último capítulo de sua tese, intitulado: “O Apocalipse”, ou “A vindima das nações”. O objetivo era dar prosseguimento aos estudos de PESTE, 666; FOME, 2012; GUERRA, 2012; e MAGOG et al., 2082, pondo fim ao ciclo experimental sem, no entanto, cair no pessimismo. Aparentemente orientado pelo pesquisador citado na história acima (BESTA, 2012), ele redigiu: “Ficarão de fora [do céu] os cães, os mágicos, os impudicos, os homicidas, os idólatras e todos os que amam ou praticam a mentira”.


Foi assim que, com cavalos, trombetas e a danação eterna dos pobres mágicos, Deus fechou em grande estilo sua pesquisa “Criação do Mundo — Aspectos Pitorescos da Trajetória do Ser Humano sob a Ótica do Senhor de Todos os Exércitos”. Ganhou um glorioso dez — glorioso mesmo.


Vanessa Barbara é jornalista e escritora, autora de O livro amarelo do terminal e, em coautoria com Emilio Fraia, O verão do Chibo. Colabora com a revista piauí e edita o almanaque virtual A Hortaliça.

sábado, 26 de junho de 2010

Quero ver provar que Deus não existe

Por Clóvis Cabalau

Esta eu pesquei na Super Interessante deste mês e é para deixar o famoso ateísta e cientista Richar Dawkins de cara amarrada. A revista diz mais ou menos assim: “Se por um lado, para alguns cientistas é impossível admitir que certas coisas acontecem por causa de Deus, por outro, é impossível para a ciência provar que Deus não existe”.

Essa afirmação - que é pura ciência - é uma espécie de tiro no pé dos cientistas que ainda não se convenceram de que uma realidade cósmica tão bem planejada [isso mesmo, planejada] não pode ser obra do acaso, ou do caos, de uma explosão como o Big Bang. Consideremos o “grande boommm”: seria muita ingenuidade achar que a disposição perfeita dos planetas e galáxias [pelo menos como conhecemos hoje] e ainda as condições perfeitas da Terra para a existência de vida tenham sido obra do caos. Francamente, é difícil de engolir essa. Muito mais difícil do que acreditar que existe um Criador superior, que, por misericórdia [ou por amor, prefiro eu], nos deu, inclusive, a capacidade pensante de duvidar Dele.

A “culpa” pela incapacidade da ciência de provar a existência é de Galileu Galieli, autor do “método científico”, adotado pelos pesquisadores. A lógica é a seguinte: em vez de simplesmente especular sobre as coisas, Galilei criou um método mais rigoroso. São quatro etapas e só passando por elas é possível se chegar a uma conclusão irrefutável. As etapas são: Observação [Olhe e perceba algo notável]; Pergunta [O que é?, por exemplo]; Hipótese [busque uma provável resposta]; Experiência [faça um teste em circunstâncias controladas para confirmar ou negar a hipótese]. E agora José? Quero ver um cientista provar que Deus não existe? Cadê a prova da sua não existência? Onde procurá-la? E mais: como seria possível criar um teste para medir a existência de Deus?

O problema para os pesquisadores, frisa a Super, “é que a ciência, ao contrário da igreja, não prova as coisas pela negativa [só explicando: um milagre é reconhecido pelo Vaticano quando a ciência NÃO consegue explicar o fato]. Para a ciência, a inexistência de provas não é uma prova de inexistência. Ainda segundo a Super, “a única coisa que a ciência pode fazer é afastar Deus do nosso dia a dia, explicando o Universo e todas as coisas de forma lógica e racional em vez de atribuí-las a fenômenos sobrenaturais. Mas daí a dizer que Deus não existe, vai uma enorme distância. E se Richard Dawkins não gostar, sempre pode tirar as calças e pisar em cima”.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Explicando a Jabulaaaani

Fala, meu povo! Td bem?

Estive longe há um tempinho, mas tô de volta! :)

Um amigo meu me mostrou esse texto mto interessante, sobre a jabulani. É uma 'explicação física' para os efeitos da bola da copa e sobre a polêmica que ela tem gerado. Vale a pena ler :)


Por Gustavo Poli

Nunca, jamais, em tempo algum uma bola esteve tão na boca do povo. Até o Cid Moreira, com sua voz de caverna platônica, ecoou no Fantástico: Jabulaaaaani. Deve ser a bola de Copa mais conhecida de todos os tempos, batendo até a famosa Azteca de 1986. Por conta do artigo aqui escrito, em que jogava boa parte do mau futebol desta Copa na conta da dita e esférica cuja, recebi um e-mail interessante do físico Rodrigo Capaz, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Capaz, basicamente, explica porque os jogadores andam estranhando tanto a bola. Reproduzo abaixo o e-mail – para que mistérios de Jabulani:


“ As regras do jogo especificam “algumas características” da bola – não todas. São especificadas a circunferência, a massa e a pressão. Mas isso não caracteriza totalmente a bola. Há duas outras características importantes que são a resistência d ao ar (que pode ser medida em um túnel de vento) e a elasticidade (ou seja, o quanto a bola quica, que pode ser medida por exemplo vendo-se a que altura a bola sobe depois se ser solta a uma altura de 1 metro, por exemplo). Essas características podem ser alteradas mudando um pouco o material de que é feito e o numero de gomos (em particular, a resistência ao ar diminui bastante diminuindo-se o número de gomos).

Então, o que a Adidas fez foi mudar bastante as características da bola sem violar as regras, ou seja, mantendo a circunferência, a massa e a pressão. Com isso eles se defendem, dizendo que a bola “atende as especificações da FIFA”.

Como você diz no seu post, já está bastante claro que essa bola oferece menos resistência ao ar. Isso se deve principalmente ao número menor de gomos e possivelmente a algum revestimento especial do couro (isso estou especulando). Como você também diz no seu post, esse efeito é equivalente ao que acontece nos jogos que são feitos na altitude, onde a resistência é diminuída pela menor densidade do ar. Então, esse efeito é ainda mais acentuado nas partidas da Copa que estão sendo realizadas em altitude elevada.

A intenção da Adidas pode ter sido mesmo complicar a vida dos goleiros e aumentar o número de gols, mas parece que eles conseguiram (ao menos nas rodadas iniciais) o efeito exatamente oposto, pois muitas jogadas são perdidas porque os jogadores ainda não “pegaram o jeito” da bola.

Quando há menos resistência, acontece o seguinte: a bola fica mais veloz e diminui o “efeito”, ou seja, a bola “faz menos curva”. Aqui cabe uma explicação: o efeito de que eu estou falando é aquele que ocorre quando você chuta de trivela ou com a parte interna do pé, fazendo a bola se curvar para um dos lados ou para baixo (tipo o top spin do tênis, importante nas cobrancas de falta “colocadas”, próximas à área, e nos cruzamentos). Mas repare que há muitas reclamações dos goleiros dizendo que a trajetória da bola parece mais errática, imprevisível, parecendo indicar que o efeito aumenta.

Isso ocorre porque há um outro tipo de “efeito”, que ocorre quando a bola é chutada com o peito do pé, “de chapa” (pegando mais ou menos no meio da bola) e com muita força, dando à bola uma velocidade muito alta. Esta velocidade alta faz cria um efeito de turbulência que faz com que a bola faça curvas (aparentemente) erráticas. É como o Cristiano Ronaldo chuta, ou como o Marcelinho Carioca chutava, entre outros. Como essa bola viaja mais rápido, é possível que esse efeito esteja sendo acentuado

Há um outro detalhe, que é o seguinte. A “sensação” de que a bola está mais leve pode sim ocorrer, mesmo que a bola tenha a massa dentro da faixa especificada pela FIFA. Primeiro, como eu já falei, pela dificuldade de fazer o efeito “para baixo”, importantes nas faltas colocadas (aquelas do Zico, por exemplo) e nos cruzamentos. Essa bola parece que sobe mas não cai – e é por isso que temos tantos cruzamentos errados e creio que vamos demorar para ver um gol de falta colocada.

Isso dá ao jogador realmente uma sensação de leveza da bola, mas que não tem nada a ver realmente com o peso (ou massa) dela. É porque falta o tal “efeito”. Creio que os jogadores vão aos poucos se acostumar e pegar o jeito de bater nela (contra a Coreia, parecia que o Messi já estava cruzando escanteios e faltas de modo bem razoável), mas até certo ponto: nunca vai ser a mesma coisa que as bolas “normais”.

Outra característica que pode dar a sensacao de que a bola está mais leve é a elasticidade dela. Se a bola “quicar mais”, voce precisa de menos força para imprimir a mesma velocidade nela. Pode ser que isso aconteça com essa bola e isso também traria uma sensação de leveza – mas aqui já estou especulando de novo – porque é dificil afirmar alguma coisa apenas vendo pela TV.

Resumindo: fizeram uma lambança, mas isso pode ter um lado bom. Sempre que a tecnologia avança, as regras precisam se adaptar e se atualizar (veja o caso dos maiôs “sem atrito” da natação). Ou seja, pode ter chegado a hora de a FIFA incluir nas especificações da bola do jogo também alguns dados sobre elasticidade e resistência ao ar.

E por que não, ainda mais pro futuro (utopia?), quem sabe não poderíamos ter diferentes tipos de bola para diferentes condições de altitude, por exemplo. Uma bola com mais resistência ao ar para jogar a uma altitude maior iria simular, para o jogador, o comportamento de uma bola “normal” ao nível do mar.

Para terminar, mas ainda relacionado a este tema, uma coisinha que voce poderia averiguar, como jornalista. A bola nao e’ totalmente esferica, por causa dos gomos e porque tem um furo (para entrada de ar). Eu me lembro claramente de ver, num programa de TV no final dos anos 70 ou inicio dos 80, uma conversa entre o Zico e o Roberto Dinamite sobre a maneira que eles posicionavam a bola para bater faltas.

O Zico, como batia com esse efeito para baixo, dizia que era melhor posicionar com o furo para baixo, pois assim “a bola não subia muito”. O Roberto, como batia com um pouco mais de força, botava o furo pra cima (não me lembro exatamente se ele deu alguma explicação). Eu, que era criança na época, me lembro que isso realmente funcionava com as bolas de então.

A pergunta é será que isso ainda funciona com as bolas de hoje em dia, que evoluíram tanto? Ou seja, será que os jogadores de hoje ainda posicionam a bola de alguma maneira particular ao bater faltas ou escanteios? Ou será que hoje em dia tanto faz? A outra pergunta (física), para a qual nunca vi uma resposta, é porque esse efeito acontece. Numa primeira análise, eu pensaria que a posição do furo fosse um detalhe desprezivel, mas talvez eu esteja enganado.”


Fonte: http://www.globoesporte.globo.com/